Hoje, um dos temas mais quentes e relevantes – que é pauta de reuniões, tema de redação de prova, e até dor de cabeça para alguns – é a Transformação Digital.
Do céu ao inferno, por assim dizer, essa transformação é capaz de causar grandes impactos (seja qual meio ela se estabelece). Exemplo disso foram as empresas que se reinventaram na pandemia, ou até mesmo que nasceram em meio a ela, e conseguiram se estabelecer no mercado. Porém, mais do que investimento financeiro, a transformação digital requer grande mudança de mentalidade e uma noção de tempo muito grande, pois o futuro não está longe, na verdade, está a um clique de nós.
Entender esse conceito implica perceber que fazer um perfil no Instagram ou aprender a mexer no Google Agenda não é transformar. Essa mudança pede radicalidade na organização de qualquer empresa. Vamos lá: o processo, se bem definido, gera ótimos resultados para o seu dia a dia, pois ele vai além de um conceito abordado por um analista de marketing ou palestrante de inovação, pois exige um alinhamento desde a gênese de seu escopo, até a aplicação na rotina de sua empresa.
Mas trazendo para o nosso quintal, a comunicação também entra nessa ciranda tecnológica e precisa se adaptar a tudo que esse processo incorpora. Na verdade, podemos dizer que a comunicação está ligada intrinsecamente às pautas tecnológicas. Ora, desde o surgimento do mundo bíblico com a frase: “que haja luz!”, do descobrimento da energia elétrica no século XVIII, sem deixar de citar Tales de Mileto que também observou que esfregar um âmbar na lã gerava eletricidade, passando pelo surgimento da internet no período de guerra fria, até o advento das redes sociais, comunicar é nosso maior bem, e tem acompanhado a complexidade da interação humana.
Hoje, a demanda de conteúdo produzido é infinitamente maior do que era na época dos nossos avós, por exemplo. Talvez, você que esteja lendo esse texto, já deve ter escrito mais páginas do que William Shakespeare escreveu de livro. Mas é um conteúdo de qualidade?
A transformação digital nos ajuda a segmentar público, nos mostra o melhor caminho a seguir, nos faz ter “certeza”, através de dados, em qual meio de comunicação devemos rodar uma campanha, nos provou que a interação no espaço digital é condição sine qua non para quem quer gerar bons resultados em anúncios e engajamento, vide as lives que nos proporcionam encontros poderosíssimos com personalidades que, por vários fatores, não temos acesso. É revelado a cada dia o poder do mundo digital no mundo corpóreo, nos causando estranheza e admiração constante.
Veja bem, apenas falamos um pouco sobre as infinitas possibilidades que a transformação digital tem a oferecer para a comunicação. Não chegamos a citar os problemas que ela pode causar, como a falta de empatia, o descontrole de informação (você pode ler sobre isso no nosso artigo: 10 pilares de comunicação que geram resultados consistentes na ‘infodemia’), sem contar o zumbido do pernilongo fake news (abordamos esse tema no nosso artigo: A linha nada tênue entre liberdade de expressão e fake news) que está presente no dia a dia.
A tecnologia nos possibilita milagres? Isso é inegável! Estamos sempre com os olhos atentos aos passos que a tecnologia dá? É algo impossível! Porém, aguçar os nossos instintos e reconhecer as possibilidades e armadilhas que ela nos apresenta é totalmente necessário, pois como diz um provérbio árabe: “confie em Alá, mas amarre seu camelo primeiro”.